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Aprendendo com J.J. Abrams

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Esse final de semana finalmente li a tão badalada edição de maio da revista Wired que contava com a participação do J.J. Abrams, criador da série Lost e diretor de filmes como Cloverfield e mais recentemente Star Trek.

Intitulada The Mystey Issue a revista conta com um artigo escrito pelo próprio J.J. Abrams, além de possuir vários puzzles, easter eggs e códigos espalhados por toda a edição.

Detectei no artigo do Abrams algumas coisas interessantes que podem ser aplicadas em nossa profissão como publicitários/planejadores e para a nossa própria vida.

Primeiro vou copiar aqui o que ele falou e comentar logo em seguida.

“O verdadeiro conhecimento se tornou algo cansativo – uma dor de cabeça desnecessária que dificulta a nossa capacidade de avançar em nossas vidas (ou até saltar para outra coisa). Conseguir alcançar o final do jogo de videogame está parecendo coisa do passado, especialmente quando nós podemos saber qualquer coisa que quisermos.”

“Trapaçear é humilhante (…) O ‘Mistério’ exige que você pare e considere – ou, pelo menos, acalme-se e descubra. É um desafio chegar lá nos termos dele, e não nos seus.
O ponto é, nunca devemos subestimar o processo. A experiência do estar fazendo algo é realmente tudo. O fim deve ser o fim dessa experiência e não a própria experiência. Então, se você ainda estiver lendo, eu digo, por favor: CAVE.”

O que eu tirei de aprendizado com essas palavras do J.J. Abrams:

– Com a tecnologia, a falta de tempo e o dinamismo do mundo em que vivemos hoje, fica difícil parar para pensar, explorar e desvendar os mistérios/problemas que cercam nossos clientes. E isso é ruim.

– Eu acho que nós devemos fazer o que o J.J. Abrams fala: cavar o mais fundo que pudermos. As vezes muitos planejadores acabam definindo caminhos errados para as marcas porque não pararam e não chegaram até o fundo do problema.

-Será que não está na hora de deixarmos de ser preguiçosos e buscar o verdadeiro conhecimento? Quebrar a cabeça para resolver aquele enigma que o cliente te desafiou? Como podemos organizar nosso tempo para poder fazer isso?

Outras citações interessantes que eu achei na matéria:

A tecnologia nos fez ingratos. No passado, seria impensável ir em uma loja de música, comprar um álbum e chegar em casa e não ouvi-lo. Mas e hoje? Quantos de nós já baixamos álbums ou músicas que ainda estão guardadas por meses ou anos, sem serem ainda tocadas em nossa lista do iTunes?”

“Em alguns casos, spoilers não só evitam a experiência de algo, mas impedem a própria existência do mesmo.”

Para terminar, aconselho vocês a lerem aqui o artigo completo da Wired com o J.J. Abrams.

Escrevam suas opiniões nos comentários.

PS: Vejam também aqui o texto/vídeo ‘Design Strategy’ que foi postado no blog do Paul Isakson e fala sobre como ‘cavar’ e chegar na idéia certa.